setembro 10, 2007

movimentos fluídos

Definindo Loco Roco, fluidez, poderá ser uma boa forma de o fazer. Uma representação simplificada pela bi-dimensionalidade. Um personagem, um objectivo. O que é que surpreende em Loco Roco? É o modo fluido como a interactividade responde ao jogador, o modo fluido como a representação do mundo e personagem se movem. Apenas 3 teclas são necessárias ao longo de todo o jogo, mas essencialmente jogamos a maior parte do tempo com apenas duas teclas que movimentam todo cenário e ajudam a executar as tarefas.

Não sendo extraordinário, porque não é inovador nas partes mas sim no conjunto, outros jogos têm utilizado partes das técnicas de gameplay aqui representadas. A verdade é que Loco Roco consegue agarrar o jogador, não só pelo conceito de jogabilidade hiper-simples mas também porque o jogo em si não oferece puzzles dados à complexidade enigmática de muitos outros jogos. Ao longo de cada nível podemos avançar mesmo que não tenhamos cumprido todos os objectivos e isso é fundamental para a manutenção da fluidez do jogo, para a sensação de liberdade, para a criação de adicção ao mundo do jogo. Mas julgo ainda que para além de tudo isto, o motivo que mais adicção cria no jogo, é muito semelhante a outros jogos, nomeadamente os videojogos de mundos virtuais, e passa por uma curiosidade obsessiva em querer saber como será o próximo mundo. Saber de que modo os designers desenharam ou estruturaram a representação e a mecânica ou física do mundo que se segue.

Apesar de ser pequeno e poder ser terminado em apenas um dia, na verdade é um jogo muito dado ao replaying. Tendo ainda em conta que é um jogo de consola móvel (PSP) funciona muito bem para pequenos momentos de jogo como deslocações de metro, esperar por alguém ou enquanto se ouve uma palestra menos interessante.

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