fevereiro 10, 2012

Movimento de: Gogh, Munch e Picasso

Continua a ser fascinante a ideia de pegar numa tela, famosa ou não, e dar-lhe vida, transforma-la num filme, contar uma história. Partir do momento, capturado na tinta, estender a dimensão do tempo em busca de respostas, de algo mais que nos explique a razão de tanta atracção.


Existem vários trabalhos, um dos mais interessantes, acaba de ser publicado online, por Petros Vellis, criado a partir de The Starry Night (1889) de Van Gogh. Impressionante acima de tudo pela forma como conseguiu criar movimento mantendo a estética inequívoca de Van Gogh. Mas Vellis foi mais longe, não se limitou ao vídeo, e deu-lhe interactividade, com recurso ao Openframeworks, permite que "toquemos" na tinta e a coloquemos em movimento, uma verdadeira obra-prima.




Entretanto no mês passado, tinha surgido uma animação de The Scream (1893) de Edvard Munch. Bem menos profundo que o trabalho de Vellis, mas assumidamente muito mais narrativo. Sebastian Coso vai mesmo buscar uma passagem dos escritos de Munch para suportar a ideia da sua animação sobre quadro,
I was walking along a path with two friends – the sun was setting – suddenly the sky turned blood red – I paused, feeling exhausted, and leaned on the fence – there was blood and tongues of fire above the blue-black fjord and the city – my friends walked on, and I stood there trembling with anxiety – and I sensed an infinite scream passing through nature.” Edvard Munch, 1893



E para fechar vou repescar um trabalho bastante mais antigo, A 3D Exploration of Picasso's Guernica, mas que continua a ser uma referência neste campo, em que declaradamente entramos para dentro do quadro e nele passeamos. É um projecto que Lena Gieseke apresentou para conclusão do seu Mestrado em Animação 3d na Universidade da Georgia, EUA em 2007. Neste estudo podemos discernir elementos do quadro de novas perspectivas, ganhando toda uma nova visão sobre o trabalho de Picasso.

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